segunda-feira, 11 de maio de 2009

CURIOSIDADES
SOBRE:
Manoel Antonio de Almeida

Nasceu em 1892, em Quebrangulo - Alagoas.
Casou duas vezes, teve 7 filhos.
Altura 1,75m.
Calçava nº. 41
Colarinho nº. 39.
Prefere não andar.
Não gosta de vizinhos.
Detesta rádio, telefone e campainhas.
Tem horror às pessoas que falam alto.
Usava óculos. Meio calvo.
Não tem preferência por nenhuma comida.
Não gostava de frutas nem de doces.
Indiferente à música.
Sua leitura predileta: a Bíblia.
Escreveu "Caetés" aos 34 anos de idade.
Não teve preferência por nenhum dos seus livros publicados.
Gostava de beber aguardente.
Foi ateu. Indiferente à academia.
Odiava a burguesia. Adorava crianças.
Romancistas brasileiros que mais lhe agradavam:
Machado de Assis, Jorge Amado, José Lins do Rego e Rachel de Queirós.
Gostava de palavrões escritos e falados.
Deseja a morte do Capitalismo.
Escreveu seus livros pela manhã.
Fumava cigarros "Selma" (três maços por dia.)
Foi inspetor de ensino, trabalhou no "Correio da Manhã".
Apesar de o acharem pessimista, discordava de tudo.
Tinha apenas cinco ternos de roupa, estragados.
Refazia seus romances várias vezes.
É-lhe indiferente estar preso ou solto.
Escrevia à mão.
Seus maiores amigos: Capitão Lobo, Cubano, José Lins do Rego e José Olímpio.
Teve poucas dívidas.
Quando prefeito de Palmeira dos Índios, soltava os presos para.
Construírem estradas.
Esperava morrer aos 57 anos de idade.

sábado, 11 de abril de 2009

Conjunto da obra
Escola literária:ROMANTISMO
As primeiras manifestações do romantismo foram por volta da metade do século XVIII,na Escócia e na Inglaterra,quando alguns escritores começaram a falar da natureza e do amor de um jeito pessoal,fazendo da literatura uma forma de desabafosentimental.Adotaram um estilo mais simples e comunicativo.A principal caracteristica do romantismo é a liberdade de expressão.
Duas revoluções que influenciaram o romantismo foram a revolução Industrial e Francesa,juntas,provocaram o fim do absolutismo na eurropa e incentivaram a livre iniciativa e etc.
O inicio do romantismo em Português foi a publicação,em Paris do poema camões.O romantismo como movemento literário firma-se só a partir de 1836,com a criação da revista Panorama onde só se publicavam textos romanticos de importantes escritores.
O Romantismo no Brasil iniciou no ano de 1836,com a publicação do livro de poesias Suspiros Poéticos e Saudades,de Gonçalves de Magalhães primeira obra brasileira.No mesmo ano é lançada em Paris a revista,Niterói que se torna uma espécie de porta-voz das novas idéias românticas no Brasil.Os flolhetins publicados no poucos jornais que existiam mesmo assim chamavam a atenção de muitas pessoas que liam.
As três gerações de poetas românticos
*No Brasil a poesia era dividida em três gerações:
°1ºgeração-introduz o romantismo no Brasil;
°2ºgeração-mergulha fundo no mundo interior;
°3ºgeração-preocupa-se com temas sociais;Manuel Antônio de Almeida (Rio de Janeiro, 17 de novembro de 1831Macaé, 28 de novembro de 1861), foi um médico, escritor e professor brasileiro.

Biografia
Filho do tenente Antônio de Almeida e de Josefina Maria de Almeida. Seu pai morreu quando tinha dez anos de idade. Concluiu a Faculdade de
Medicina em 1855, mas nunca exerceu a profissão. Dificuldades financeiras o levaram ao jornalismo e às letras.
Foi redator do jornal
Correio Mercantil, para o qual escrevia um suplemento, A Pacotilha. Neste suplemento publicou sua única obra em prosa de fôlego, a novela Memórias de um Sargento de Milícias, de 1852 a 1853, em capítulos.
Pertenceu à primeira
sociedade carnavalesca do Rio de Janeiro, o Congresso das Sumidades Carnavalescas, fundado em 1855.
Foi professor do
Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro.
Em
1858, foi nomeado diretor da Tipografia Nacional. Lá, conheceu o jovem aprendiz de tipógrafo Machado de Assis.
Procurou iniciar a carreira na
política. Quando ia fazer as primeiras consultas entre os eleitores, morreu no naufrágio do navio Hermes, em 1861, na costa fluminense.

OBRA
Memórias de um sargento de Milícias, de
1852, foi seu único livro. Retrata as classes média e baixa, algo muito incomum para a época, na qual os romances retratavam os ambientes aristocráticos. A experiência de ter tido uma infância pobre influenciou Manuel Antônio de Almeida no desenvolvimento de sua obra.
Escreveu também a peça de teatro Dois Amores em
1861, que foi apresentada após a sua morte, com música da Condessa Rosawadowska, sem alcançar sucesso.
Também escreveu crônicas, críticas, artigos, etc., publicadas em jornais da época e que ainda não foram reunidas em livro.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Memórias de um Sargento de Milícias Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Memórias de um Sargento de Milícias
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Memórias de um sargento de milícias é um romance de Manuel Antônio de Almeida. Foi publicado originalmente em folhetins no Correio Mercantil do Rio de Janeiro, entre 1852 e 1853, anonimamente. O livro foi publicado em 1854 e no lugar do autor constava "um brasileiro".
A narrativa de Memórias de um sargento de milícias, de estilo jornalístico e direto, incorpora a linguagem das ruas, classes média e baixa, fugindo aos padrões românticos da época, onde os romances retratavam os ambientes aristocráticos. A experiência de ter tido uma infância pobre contribuiu para que Manuel Antônio de Almeida desenvolvesse a sua obra.
Considerada uma obra precursora do realismo, destaca-se, ao lado de O filho do pescador de Teixeira e Souza e A moreninha, de Joaquim Manoel de Macedo, entre as primeiras produções românticas da literatura brasileira.
Enredo
O romance se passa no início do século XIX. Em uma viagem de navio, Leonardo-Pataca conhece Maria-da-Hortaliça. Na viagem, os dois se apaixonam, por meio de uma pisadela e um beliscão e, chegando no Brasil, Maria descobre que está grávida e os dois vão morar juntos. Desse relacionamento nasce um filho: Leonardo. Porém, anos depois, Leonardo-Pataca descobre que Maria o está traindo. Eles brigam e Maria foge de casa com o capitão de um navio. Com a separação, Leonardo-Pataca sai de casa e leva seu filho para ser criado pelo padrinho. O padrinho de Leonardo era um barbeiro que queria que o mesmo fosse padre, mas o menino não tinha a menor vocação, ao contrário, ele era muito travesso. O tempo passa e Leonardo se torna um típico malandro carioca: não possuía emprego e ficava vadiando. Porém, a sua vida muda quando conhece Luisinha, sobrinha de D. Maria, uma amiga do padrinho. Ele se apaixona por Luisinha, porém tem um rival, José Manuel, que está interessado na herança da moça. Com a ajuda de sua madrinha, uma parteira, eles afastam José Manuel de Luisinha. Entretanto, o padrinho de Leonardo morre e ele tem que voltar a viver com o pai (acaba não se dando bem com sua nova madrasta e, após uma discussão, foge de casa). Leonardo vai viver com um amigo em uma casa bastante agitada e com muita gente. Acaba se apaixonando por Vidinha e o amor é recíproco. Porém, esse namoro não agrada aos dois primos de Vidinha que têm intenções de se casar com ela. Para tirar Leonardo do caminho, eles vão até o major Vidigal, o chefe de polícia, e acusam Leonardo de vadiagem. Vidigal prende Leonardo quando ele, Vidinha, e seus dois primos saem para um passeio noturno. Mas, no caminho até a casa de guarda, ele consegue fugir. Mais tarde, Leonardo arruma um emprego na Ucharia Real. Dessa forma, Vidigal não poderia prendê-lo. Mas ele se envolve com a mulher do "toma-largura" e é demitido e preso. Enquanto isso, José Manuel e Luisinha se casam, porém ele a trata muito mal. Vidinha, com ciúmes de Leonardo, vai tomar satisfações com a mulher do "toma-largura". Mas, o que acaba acontecendo, é que o "toma-largura" se interessa por Vidinha. Enquanto isso, por saber muito sobre a vida marginal, Leonardo acaba virando policial (granadeiro). Porém, pelo seu gosto por travessuras, e muitas vezes pelo seu bom coração, acaba protegendo e ajudando os bandidos. Vidigal o prende. A comadre (madrinha), em desespero, tenta de todas as formas conseguir a liberdade de Leonardo, mas não a obtém até conhecer Maria-Regalada, velho amor de Vidigal. Juntas, não só conseguem a libertação de Leonardo, como sua promoção a sargento e isso tudo vem em boa hora, já que com a morte de José Manuel, Luisinha, agora viúva, se casa com Leonardo (após se transferir para Sargento de Milícias) e tudo termina em um final feliz, algo muito diferente das idéias românticas da época, já que as histórias sempre acabavam em morte, suicídio etc...
Análise das personagens
Em Memórias de um sargento de milícias, as personagens são planas, ou seja, elas não mudam seu comportamento no desenrolar da estória. Por exemplo a personagem principal, o memorando: Leonardinho, desde criança era travesso. Planejava vinganças, criava situações constrangedoras para quem ele não gostava, mas era amado por poucos como o seu padrinho e a comadre. Isso caracteriza o tipo pícaro, ou malandro nos termos cariocas. E até o final do livro Leonardinho não muda esse jeito pícaro de viver.
As personagens se destacam por traços gerais e comuns ao grupo que pertencem.Muitas personagens não têm nome pois são alegorias(representações simbólicas) do tipo de gente da época e da classe sócio-econômica a que pertencem. Neste trecho o narrador descreve a Comadre, e em nenhum momento do livro ele cita o seu nome:
Era a comadre uma mulher baixa, excessivamente gorda, bonachona, ingênua ou tola até um certo ponto, e finória até outro; vivia do ofício de parteira, que adotara por curiosidade, e benzia de quebranto; todos a conheciam por muito beata e pela mais desabrida papa-missas da cidade.
Isso acontece pois essa obra é uma crônica de costumes, ou seja, é uma estória cômica que explora esteriótipos comuns da época.
Espaço
O espaço físico apresentado na obra é o meio urbano brasileiro do século XIX. A história se passa no Rio de Janeiro, e descreve seus principais pontos, como igrejas, principais ruas, mas descreve também pontos bem à margem da sociedade, como acampamentos de ciganos e bares. Neste trecho, o autor descreve um acampamento cigano: "Moravam ordinariamente um pouco arredados das ruas populares, e viviam em plena liberdade. As mulheres trajavam com certo luxo relativo aos seus haveres: usavam muito de rendas e fitas; davam preferência a tudo quanto era encarnado, e nenhuma delas dispensava pelo menos um cordão de ouro ao pescoço; os homens não tinham outra distinção mais do que alguns traços fisionômicos particulares que os faziam conhecidos."
O autor retrata as classes média e baixa existentes na época, contrariando muitos românticos que retratavam a aristocracia. Quase em nenhuma parte, o livro retrata um ambiente aristocrático.
No trecho a seguir, sobre o batizado da irmã de Leonardo, pode-se observar como era retratado o meio social:
Estavam todos sentados, e o Teotônio em pé no meio da sala olhava para um, e apresentava uma cara de velho; virava-se repentinamente para outro, e apresentava uma cara de tolo a rir-se asnaticamente; e assim por muito tempo mostrando de cada vez um tipo novo. Finalmente, tendo já esgotado toda a sua arte, correu a um canto, colocou-se numa posição que pudesse ser visto por todos ao mesmo tempo, e apresentou a sua última careta. Todos desataram a rir estrondosamente apontando para o major.
Teotônio era um tipo bem popular e por suas caretas era chamado para animar muitas festas. Tal tipo de "divertimento" era impensável em festas aristocráticas.
Foco narrativo
A narrativa é feita em terceira pessoa (mas há passagens do livro em que o foco narrativo passa da terceira pessoa para a primeira pessoa) o que torna mais completa a caracterização das personagens e seu foco secundário vai variando.
O autor utiliza diálogos que retratam a linguagem dos personagens. Esse tipo de narrativa faz com que o texto fique mais interessante, pois ficam evidentes as ironias usadas pelo narrador.
No trecho que se segue, pode-se observar como o autor aproxima as falas de seus personagens das expressões usadas na época, em uma linguagem extremamente coloquial:
— Já... já... senhora intrometida com a vida alheia... já sabe o padre-nosso, e eu o faço rezar todas as noites um pelo seu defunto marido que está a esta hora dando coices no inferno!...
O livro é repleto de ironias, como no trecho a seguir:
Ser valentão foi em algum tempo ofício no Rio de Janeiro; havia homens que viviam disso: davam pancada por dinheiro, e iam a qualquer parte armar de propósito uma desordem, contanto que se lhes pagasse, fosse qual fosse o resultado.Entre os honestos cidadãos que nisto se ocupavam, havia, na época desta história, um certo Chico-Juca, afamadíssimo e temível.
Pode-se notar, por meio do texto, que esses cidadãos, na verdade, nada tinham de honestos.
Estilo
Manuel Antônio de Almeida utiliza uma linguagem que se aproxima da jornalística, o que torna claros e objetivos os seus textos. Outro aspecto é a utilização de personagens comuns na época, como o barbeiro, a parteira, o major, tornando, assim, a história mais próxima do leitor.
Memórias de um sargento de milícias foi escrito em forma de folhetim (os capítulos eram publicados em seqüência nos jornais da época, o que prendia o leitor, pois deixava um suspense em relação ao capítulo posterior). Essa característica é utilizada atualmente em novelas, como um resquício do folhetim, com a finalidade de colocar o telespectador em suspense.
Essa forma de provocar o suspense no leitor pode ser observada neste trecho, que é o final de um capítulo:
Um grito de espanto, acompanhado de uma gargalhada estrondosa dos granadeiros, interrompeu o major. Descoberta a cara do morto, reconheceu-se ser ele o nosso amigo Leonardo!....
Em alguns trechos, o narrador é onisciente, ou seja, ele sabe todos os pensamentos dos personagens. Exemplo são as passagens em que o narrador "entra" no pensamento do personagem:
Pois enganava-se redondamente quem tal julgasse: pensava em coisa muito mais agradável; pensava em Luizinha. Pensando nela não podia, é verdade, abster-se de ver surgir diante dos olhos o terrível José Manuel.
Porém, algumas vezes o narrador, que supostamente seria onisciente, diz não saber a razão de certo fato ter acontecido. Ou seja, a qualidade literária do autor não á boa, mas a obra em si é muito importante por ser de transição do Romantismo para o Realismo e por ser uma crônica de costumes. Além disso, é usada metalinguagem (explicar sobre o próprio processo narrativo), técnica do leitor incluso (conversa com o leitor) e digressão (interromper a narrativa para que o narrador faça um comentário sobre assunto paralelo.

Resumo da internet 2

Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, é obra que se destaca do contexto literário romântico brasileiro. Publicado em folhetim de junho de 1852 até julho de 1853, depois em dois volumes, um em dezembro de 1854, outro em janeiro de 1855, esse romance sofre o silêncio da crítica. A primeira justificativa para tal atitude está no fato de sua narrativa não apresentar elementos que atendam ao gosto do público burguês da época, não só no tom, que é escrachado, irônico, mas também na história apresentada e no tipo de personagem que a interpreta. O desvio aos padrões românticos já se percebe pela origem do protagonista, filho de uma pisadela e de um beliscão – estranha forma de cortejo entre seu pai (Leonardo Pataca) e sua mãe (Maria Saloia) que garantiu a atribulada união do casal. Nasce daí Leonardinho, que já de bebê mostra-se um tormento, com sua capacidade de chorar uma oitava acima do normal. Na infância, a melhor definição para seu comportamento é “flagelo”, tal o terror que causa aos que o rodeiam. Uma importante mudança efetiva-se ainda na meninice. Seu pai flagrou Maria Saloia em flagrante de adultério, o que provoca a separação (espalhafatosa, por sinal) do casal e o abandono da criança nas mãos do padrinho, o Barbeiro. Na realidade, deve-se lembrar que Leonardo Pataca é figura pândega que por muito tempo sofrerá nas mãos do Amor. Pouco depois da separação, apaixona-se por uma cigana, que o abandonará. Na esperança de reconquistá-la, chega a participar de um ritual de magia negra, o que o faz ser humilhantemente preso pelo temido chefe da polícia do Rio de Janeiro da época, o Major Vidigal. Ainda assim, ao descobrir que o motivo do desprezo é a presença de um outro homem, um padre (Mestre de Cerimônias), apronta vingança extremamente maquiavélica: com a ajuda de um amigo, Chico-Juca (tremendo arruaceiro), consegue causar imensa confusão na festa de aniversário da cigana, provocando a prisão de vários presentes, inclusive do sacerdote, que estava, em roupa íntima, no quarto da cigana. Por esses elementos percebe-se o tom do romance, em que predomina a movimentação constante, intensa. Parafraseando um importante crítico, Antonio Candido, há a impressão de uma intensa sarabanda. Complicações também vão existir do lado de Leonardinho. Seu padrinho entrega-se todo ao menino, estragando-o com tanto mimo, tal qual o protagonista de Memórias Póstumas de Brás Cubas. Seu projeto é transformá-lo em padre, mas o garoto é um completo desastre na escola. Nem mesmo sua atividade como coroinha é perfeita, pois, tão mais preocupado em brincar e aprontar do que em exercer sua função corretamente, acaba sendo expulso. Em síntese, o enredo de Memórias de um Sargento de Milícias, “tecido, como observa Antônio Soares Amora no já citado Pequeno Dicionário de Literatura Brasileira, com muitas peripécias e intrigas, que não deixam, ainda hoje, de entreter e prender o leitor pode resumir-se na história da vida de Leonardo, filho de dois imigrantes portugueses, a sabia Maria da Hortaliça e Leonardo, “algibebe” em Lisboa e depois meirinho no Rio do tempo do Rei D. João VI: nascimento do “herói”, sua infância de endiabrado, suas desditas de filho abandonado mas sempre salvo de dificuldades pelos padrinhos (a parteira e um barbeiro); sua juventude de valdevinos; seus amores com a dengosa mulatinha Vidinha; suas malandrices com o truculento Major Vidigal, chefe de polícia; seu namoro com Luisinha; sua prisão pelo major; seu engajamento, por punição, no corpo de tropa do mesmo major; finalmente, porque os fados acabaram por lhe ser propícios e não lhe faltou a proteção da madrinha, tudo tem “conclusão feliz”: promoção a sargento de milícias e casamento com Luisinha”.

Resumo do livro didático

Em 1852, os capítulos semanais do folhetim Memórias de um sargento de milícias, publicados pelo correio Mercantil, do Rio de Janeiro, começam a fazer sucesso entre os leitores cariocas. Ninguém sabia quem era o autor, pois ele se escondia atrás do pseudônimo "um brasileiro". Publicado mais tarde em livro, esse folhetim do carioca Manoel Antônio de Almeida (1831-1861) passoua ocupar um lugar especial na história do nosso romantismo.
Memórias de um sargento de milícias mostra a vida da gente do povo, que vive nas casinhas simples do Rio de Janeiro "do tempo do rei" (D. João VI). A figura central, a que garante a unidade das várias ações que se sucedem num rítmo bastante dinâmico, é Leonardo, filho enjeitado de Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça e que foi criado pelos padrinhos: a parteira (a comadre) e um barbeiro (o compadre).
O romance conta as peripécias de Leonardo, seus casos com a mulata Vidinha, o namoro sério com Luisinha (com quem acaba casando-se no final) e seus planos para conseguir escapar da vigilância do severo major Vidigal, sempre de olho nele.
Sua linguagem é simples, direta, praticamente sem metáforas ou refinamentos estilísticos. Trata-se de um romance de humor popular, baseado nas aventuras de tipos humanos bem característicos da sociedade carioca do começo do século XIX. Memórias tem capítulos unitários, quase todos contendo um episódio completo; O romance dá muita atenção às festas, aos encontros, às instituições e às profissões populares da cidade.
Manoel Antônio de Almeida formado em medicina, dedicou-se à literatura e ao desenho, Antônio de Almeida morreu em 1861, aos 30 anos, em um naufrágio da Baía de Guanabara, quando fazia campanha para se eleger deputado.

Resumo final

Como todos nós já sabemos Manoel Antônio de Almeida foi e é considerado uma "voz de exceção", como dizia Emília Amaral (livro de português), em nosso romantismo. Manoel Antônio de Almeida publicou Memórias de um Sargento de Milícias entre 1852 e 1853, em forma de folhetim, do jornal do comércio, sob o pseudônimo (nome falso) de "um brasileiro".
Esta obra faz oposição como os romances românticos de sua época por várias razões; segundo nossas pesquisas. Primeiro por ter como personagem principal um horói malandro, que possui virtudes que compensam seus pecados. As personagens de Antônio de Almeida distanciam-se do modelo europeizado característico desse estilo literário em nosso país, mesmo quando colocadas num projeto nacionalista.
Segundo pelo tipo especial de nacionalismo que a caracteriza, ao documentar traços específicos da sociedade brasileira do tempo do rei D. João VI, com os costumes, os comportamentos e os tipos sociais de um estrato médico da sociedade, até então ignorado pela litaratura.
Terceiro, pelo tom de crônica que dá leveza e aproxima da fala a sua linguagem direta, coloquial, irônica e próxima do estilo jornalístico. Por este motivo era publicado em forma de folhetins.
A obra combina constantemente ironia e espírito crítico,bom humor e registro engraçado de costumes populares, incluindo o vocabulário da época.